sábado, 18 de junho de 2011

Grandes discos do Rock Gaúcho 20


O Rock Gaúcho é cultuado por todo o tipo de gente no Brasil inteiro. Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades veneram alguns dos artistas de Porto Alegre. O romântico Frank Jorge, o surrealista Plato Divorak e Júpiter Maçã, com sua poesia psicodélica, são grandes ícones do rock feito no sul. No entanto, engana-se quem pensa que a genialidade está restrita aos compositores mais conhecidos. Muitos instrumentistas também são responsáveis pela clássica sonoridade da região.

Um dos grandes exemplos é o guitarrista Beto Nickhorn e sua inseparável Rickenbacker. Ele começou a tocar na cena no final da década de 80, e em pouco tempo ganhou fama com suas guitarras influenciadas por rock inglês. Além de ser beatlemaníaco assumido, Beto foi um dos primeiros a levantar a bandeira MOD na cidade, com franjinha a lá Paul Weller e presença de palco matadora, no melhor estilo Pete Townshend.


Particpou de bandas como Dellips, Lovecraft, Plato Divorak & os Shazans, Plato Divorak e os Analógicos, Wander Wildner, She´s OK e Hipnóticos. Sua primeira banda a atingir sucesso local foi o Lovecraft, formada em parceria com o cantor Plato Divorak. Algumas canções do grupo tornaram-se hinos do Rock Gaúcho, como "Amônia" e "Mulheres Executivas". A sonoridade bizarra, com influências sixties, além de outros barulhos era a marca registrada do Lovecraft.

Outro grupo a se destacar na cena foi o trio Hipnóticos, completado por Marcelo Gross (bateria) e Júlio Cascaes (baixo e voz). O grupo mod lançou o cd "Garage Laboratorium" em 2001 com diversos hits influenciados por Kinks, Who e algumas garageiras Nuggets. "Johnny Dilema", composição de Beto, abre o cd com um punch incrível.

Atualmente, Beto Nickhorn se dedica à carreira solo, com apoio d'Os Caras com um cd gravado intitulado Beto Nickhorn Os Caras de 2005. Disco este, que mantém a sonoridade mod, mas apostando em um lado mais brasileiro, com influência de Ira!, Charts e até Jovem Guarda...

Papel de Mau é o terceiro álbum de estúdio da banda Os Replicantes, a maior banda de Punk cantado na língua de Camões. Contando com Luciana Tomasi (produtora da banda desde o início) nos teclados e backin vocals para dar mais "substância" as harmonias do grupo, é o último lançamento com a formação clássica.

Após dois shows de divulgação, Wander Wildner sai da banda para seguir carreira solo. O baterista Carlos Gerbase vai para o front e se torna o vocalista da banda. O amigo Cleber Andrade, também baterista dos Cobaias, assume as baquetas do grupo.

O vinil trás vários "hits" da banda, entre eles "Só Mais Uma Chance", "Minha Vizinha", "Negócios à Parte", "Problemas", "Fankestein Bonito", "Papel de Mau" e "Falsificação", ou seja o disco é quase uma coletânea de grandes sucessos dos imortais Replicantes...

CARTAZ DO 25º MUSICANTO